sábado, 4 de julho de 2009

Yareach - Shlomo Artzi

Como eu havia dito, quero às vezes postar uma ou outra música israelense por aqui. E por quê? Primeiro por que gosto e em segundo porque acredito que não há nada melhor pra se demonstrar partes de uma cultura do que a expressão musical da mesma. Lógico que a música não "expõe" toda uma cultura, porque cada sociedade tem infinitos tipos de expressões musicais, cada uma de acordo com um segmento dessa mesma sociedade, mas de qualquer maneira, se pode aprender muito.
Essa música que vou postar é de um cantor e compositor muito famoso em Israel, Shlômo Artzi. Ele já é um cantor consagrado que iniciou sua carreira pelos idos dos anos 60 e possui uma audiência em todas as faixas etárias, sendo apreciado pelos mais velhos, pelos adultos e pelos mais jovens também.
Yareach, na minha opinião é uma das mais lindas músicas dele. Fala das lembranças de alguém relacionadas a Lua (Yareach em hebraico).





Você também pode ver a letra e a tradução e a transliteração no blog Shirim em Português

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Frase do Dia!

" A vitória contada em detalhes se distingue muito pouco da derrota."

Por Jean Paul Sartre

Israel e Suas Curiosidades : Café!

Quando alguém decide imigrar, da maneira correta e legal, costuma antes fazer uma longa pesquisa pra saber as condições da nova vida que ele vai encontrar na nova sociedade.
Como minha imigração foi um projeto de longo prazo, tive tempo de me preparar psicológicamente e buscar conhecer ao máximo as diferenças que iria encontrar pela frente. Mesmo assim, não é possível prever tudo. Até porque nossa vida é cercada de milhões de coisas, hábitos, imagens, símbolos e sensações que não nos damos conta e não percebemos de maneira consciente, mas que fazem parte de nosso ser e de nossa vida.
Assim, ninguém jamais ao sair de seu país, poderia imaginar que um hábito tão simples como o de "tomar café" poderia sofrer uma mudança tão grande. Até porque no caso de alguns produtos de consumo básico, é sabido que se pode encontrá-los no mundo inteiro! Porém há uma questão aqui. Que todo mundo no mundo inteiro toma café, isso é ponto pacífico, mas COMO que se toma esse café, é uma outra questão.
No Brasil estamos mais do que habituados ao nosso querido café em pó, que tem que ser devidamente "passado" com água quente e filtrado, ou em coador de pano ou de papel. Raramente se toma café solúvel. Assim, sempre temos café no bule ou na garrafa térmica ou em alguma jarra especial para mantê-lo aquecido e fresco.
Bem, aqui em Israel não funciona assim e como sofri por isso.
O israelense em geral toma um outro tipo de café que não se encontra facilmente no Brasil, somente em casas árabes. É o café turco. Esse café tem o pó bem mais grosso que o nosso e é bem mais forte. Diferentemente de nós, o israelense não prepara o café antes em grande quantidade para serví-lo, mas cada pessoa prepara o seu próprio café individualmente. Como? Ele pega um copo (aqui é normal tomar café em copos de vidro e não em chícaras), coloca uma medida de pó de café segundo a sua preferência, acrescenta água quente e por último o açucar, mexendo bem e deixando baixar o pó, para depois tomá-lo.
No sul do Brasil e no interior de São Paulo eu sei que os vaqueiros, tropeiros e trabalhadores do campo as vezes faziam um café semelhante pela falta do coador, e era chamado de café de tropeiro. Mas isso nunca foi um hábito e sim uma improvisação. Aqui é o modo corrente.
Esse café é muito forte e conheço muita gente que veio da América do Sul e não se acostumou com ele. Alguns tiveram dor de barriga, outros cólicas e outros como eu, palpitações e insônia das brabas!
A segunda alternativa mais comum por aqui é o café soluvel. O problema é que ele tem um gosto horrível e em geral para se poder tomá-lo, é necessário acrescentar leite.
Por falar nisso, quando alguém aqui fala em nescafé, não esta falando na marca que nós conhecemos aí no Brasil, mas esta se referindo a tomar café solúvel com leite! Fiz muita confusão no começo, porque as pessoas me ofereciam café, e eu não queria o turco, mas o solúvel. Então elas me ofereciam nescafé e eu pensava que ia receber café solúvel preto, mas vinha com leite!
Uma outra alternativa é pedir o café expresso num Beit Café. Beit Café é o que chamamos de Cafeteria no Brasil. Aqui em Israel os Batei Café estão no lugar dos bares brasileiros. Eles não vendem bebidas alcoólicas, mas estão em cada esquina, shoppings, hospitais, faculdades, estações de ônibus e trens. O Beit Café é uma mania nacional.
No fim, como morro de saudades do cafezinho brasileiro, igual o que minha avó passava no coador de pano, quentinho e fresquinho, forte com pouco açucar. Igual aquele só quando voltar ao Brasil pra passear.
Enquanto isso não acontece, vou me virando com o café solúvel da Nestleh. É o mais próximo do que se pode chamar de café, pelo menos pra mim!
Por último, um comercial israelense da marca mais famosa daqui, da Elite. O enredo não se passa em Israel, mas na Península do Sinai, no Egito. Apesar de não estar traduzido ou legendado, fica como curiosidade.


Valores Relativos!



Esta charge foi publicada primeiramente no Jerusalem Post e depois traduzida e publicada no site "De Olho na Mídia". A mensagem é bem clara! Quando se trata de um crime perpetrado por outras nações, nada se comenta, mas qualquer atitude tomada pelos israelenses, ainda que não seja um crime em si, será fortemente condenada. Prova que o anti-semitismo não morreu!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

TODA A Verdade Seja Dita!

Que a situação em Gaza é bastante complicada e precária, não é segredo!
Nós, israelenses e nosso governo preferíriamos que não fosse assim, mas o problema do Território da Faixa de Gaza é para nós um problema de segurança nacional.
Nosso bloqueio das fronteiras de Gaza e o bloqueio marítimo são necessários para impedir que radicais islâmicos xiitas entrem em Israel e utilizem Gaza como uma base militar de ataque ao país.
Só pra você poder entender a situação, vou fazer uma comparação. Imagine O Estado de SãoPaulo. A cidade de São Paulo. Bem, de repente a Argentina invade todo o litoral paulista, de Santos até Cananéia, na divisa com o Paraná. Então começa a guerra. A Argentina ataca o Estado de São Paulo pelo litoral. Não invade, mas atira mísseis nas cidades ao redor do litoral, aterrorizando a população.
O que acontece aqui é bem assim. E é um problema de difícil solução, porque mesmo que Israel concedesse todas as exigências do Hamas, mesmo assim eles iriam continuar atacando Israel, porque eles já disseram que JAMAIS vão reconhecer Israel e que Israel TEM QUE SER DESTRUÍDO!
Mesmo assim Israel tem "preservado" a Faixa de Gaza e poupado sua população de algo bem pior que poderia ser feito.
Pena que ninguém vê isso. Se morre um terrorista do Hamas toda a imprensa cai matando encima de Israel, mas quando algo de bom sobre Israel e sua maneira humanitária de tentar tratar do problema acontece, ninguém fala nada, ou se fala, isso ocorre muito tímidamente.
É o que ocorre com uma reportagem do site da Globo. Veja o que diz o repórter nesse trecho:


"Isso deixa Gaza suspensa, em uma situação de miséria que desafia qualquer categorização. É claro, o lugar é povoado e pobre, mas está melhor que quase todas as regiões da África e parte da Ásia. Não existe subnutrição aguda, as taxas de mortalidade infantil se comparam às de países como o Egito e a Jordânia, segundo Mahmoud Daher, da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Isso se deve ao fato de que, apesar de Israel e Egito fecharem suas fronteiras durante os últimos três anos, em um esforço para pressionar o Hamas, Israel distribui ajuda diariamente, permitindo a entrada de cerca de cem caminhões com alimentos e remédios. Oficiais militares de Tel Aviv contam as calorias, para evitar um desastre. A agência da ONU para refugiados palestinos administra escolas e clínicas médicas, que são limpas e eficientes".

É claro que existem todos os outros problemas, e nós sabemos e reconhecemos isso. Só não somos os únicos culpados por eles. Se a população de Gaza quizesse realmente a paz, já estariam nela, porque Israel desocupou o território a mais de três anos!
Deixo a dica para que você leia o artigo que eu citei acima. Você pode lê-lo aqui!

A verdade é sempre como uma moeda. Ela tem duas faces. Pra compreender a verdade, você sempre precisa ver os dois lados da mesma moeda. Senão corremos o risco de sempre termos uma idéia parcial da verdade, e verdades parciais podem se parecer muito com mentiras completas! Se não concorda comigo, veja esse vídeo antigo da Folha. Muito Bom!