domingo, 14 de fevereiro de 2010

Mistérios que nos surpreendem...!

Clichê por clichê, vamos a ele... : "Existem mais coisas entre o céu e a terra do que nossa estreita inteligência pode imaginar... ".

No vídeo abaixo, uma notícia simples, que muitos considerariam sem a menor importância, mas que (pelo menos para mim!) pode ter um significado místico e importante...
Diz a notícia que uma gata, aparentemente sem motivos, resolveu viver numa das cabanas do antigo Campo de Concentração de Auschwitz. E daí? o que teria isso de anormal?
Aparentemente, e digo, aparentemente nada, se não fosse pelo fato de na Polônia estar fazendo um dos invernos mais intensos das ultimas décadas! E pelo fato de que ninguém vive lá.
Porque um gato escolheria ir viver num local desabrigado, onde não há calor (os gatos são extremamente friorentos e adoram um lugar aconchegante e quentinho!) não há comida, não há nada que pareça atraente...

Gata 'adota' Auschwitz
Gata 'adota' Auschwitz


Bem... como eu já deixei bem claro em outras postagens, eu tenho uma verdadeira reverência pela memória dos meus avós. Eles foram a minha referência, juntamente com minha mãe, para tudo o que sou hoje como ser humano. Minha avó e meu avô, apesar de não serem literalmente "religiosos", eram profundamente Maaminin (crentes - entenda-se como pessoas de fé, e não comumente em português do Brasil, como sendo evangélicos - D´s nos livre!). Como pessoas do campo e com limitada educação formal, eles tinham toda aquela forma peculiar de se expressarem e de explicarem o mundo. Apesar de não terem estudado (meu avô muito pouco e minha avó absolutamente nada), eram de uma inteligência e perspicácia fora do comum. Eram profundamente observadores, críticos e analíticos de seu entorno e possuiam um Caminho Filosófico claro e determinado, adquirido pela tradição oral transmitida por seus ancestrais.
Assim, apesar de não terem estudado psicologia animal, meus avós conheciam muito bem o comportamento destes e tinham bem claro que "às vezes um animal se comporta de maneira nada habitual!". O que era bastante intrigante, já que eles não possuem o mesmo nível de inteligência e raciocínio de nós seres humanos.
Como então eles explicavam esses "desvios de comportamento"?
Ouvi inúmeras e incontáveis vezes de meus avós que os animais por não terem o discernimento entre o bem e o mal e sim agirem por instinto e serem assim possuidores de uma inocência nata, eram capazes de vêr (sentir, talvez) as almas e as coisas espirituais de uma maneira que nós, "seres superiores" não podemos.
Diz uma parte da tradição judaica que tudo o que possui vida, de uma forma ainda que distinta, possui alma, espírito. Alguns ramos mais místicos acreditam mesmo que uma alma que um dia habitou um corpo humano, possa voltar numa outra encarnação (Guilgul - que em hebraico tem o sentido mais de cíclos!) como um animal!
Não quero aqui discutir se isto é correto ou não, se é válido ou não ou se eu ou você crê nisso ou não. O importante, pelo menos para mim, é que sejamos o suficientemente humildes para aceitar que existem coisas que não podemos explicar e que parecem nos mostrar que existe alguma outra realidade que não está aparente aos nossos cinco sentidos...
Voltando a gatinha de Auschwitz, o interessante é notar que naquele lugar sucumbiram milhões de vidas e almas... e que segundo alguns, por isso, estaria repleto de uma energia ( ou de uma força karmica) estupenda! Porque essa gatinha sente a necessidade de viver alì? O que ela sente nesse lugar? Veria ela almas que habitam ainda esse triste sítio que foi palco de tantas e tantas dores e sofrimentos? Seria a gatinha o retorno de uma alma que pereceu ou que perdeu alguém querido naquele Campo? Ou a alma de um soldado alemão, que atormentada pelo remorso de seus atos (ou ao menos de sua cumplicidade ) sente a necessidade de redimir-se voltando ao local onde falhou como ser humano, e tenta "corrigir-se" (fazer o seu Tikun) sofrendo o frio e a fome no mesmo lugar que infligiu sofrimento e dor a outros?
Eu sei, eu sei que tudo isso não passa de divagação, suposições e talvez uma pitada de "loucura" de minha parte. Somente creio que dessas pequenas coisas com as quais tropeçamos em nossas existências (às vezes, tão sem sentido) podemos aprender que nem tudo é o que parece e no mundo há um pouco mais do que Big-brothers, índices financeiros, contas para pagar, objetos caros e de marca para comprar... etc... etc...
Um Rosh Hodesh Adar Tov a todos...
Com as bençãos do Altíssimo sobre nós, e todo o Povo de Israel, amén, amén veamen!

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